A partir das Matrizes do Plano de Contingência preenchidas por todas as Unidades, foi apresentado um gráfico ilustrativo sobre as condições das disciplinas ministradas neste semestre na reunião do COE/UFMS, realizada hoje (29). A Matriz do Plano de Contingência foi elaborada e enviada pela direção das Unidades, que estão participando de forma colaborativa neste cenário institucional, em parceria com os coordenadores de curso e professores da UFMS.
Mais de 86% das turmas dos cursos de Graduação e 96% das turmas dos cursos de Pós-graduação conseguem concluir o primeiro semestre de 2020 com o uso dos estudos dirigidos por meio de TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação). O estudo indica também que o restante das turmas pode ser concluído após o retorno das atividades presenciais, sendo que algumas dependem de parceiros estratégicos da UFMS, como a Secretaria Estadual de Educação e as Secretarias Municipais do Estado de Mato Grosso do Sul.
Após a análise das matrizes, o COE/UFMS aprovou o Plano de Biossegurança da UFMS, que será desdobrado em Planos de Biossegurança específicos para cada Unidade, o que é inédito entre as Universidades Federais no combate à Covid-19. O Comitê recomendou: 1) a continuidade do estudo dirigido até o final do semestre; 2) qualquer retorno de atividades presenciais deverá ser realizado após a aprovação do Plano de Biossegurança Específico da Unidade, com autorização da direção da Unidade.
O COE/UFMS também recomendou que todo e qualquer retorno à atividade presencial somente poderá ocorrer após aprovação do Plano de Biossegurança Específico da Unidade pela Comissão Interna de Biossegurança da UFMS (CIBio-UFMS), baseado em biossegurança, escalonamento e escalas de prioridades de atendimento, tendo como base ainda uma análise epidemiológica e da capacidade hospitalar em cada município, em um modelo inovador de tomada de decisões no contexto da pandemia.
Graduação
A partir da Matriz, a UFMS está mapeando a situação de cada curso, de cada disciplina, dos estudantes, dos professores, subsídios para as decisões institucionais. Na graduação, neste semestre 2020/1, a equipe de professores da UFMS está ministrando um total de 5.640 turmas das disciplinas em 117 cursos de graduação. Deste total, em 60,1% das turmas, os professores indicaram que têm condições de concluir a disciplina deste semestre totalmente por meio de estudos dirigidos.
Segundo o levantamento, realizado com os dados enviados até o dia 28 de abril, 26,7% indicaram a necessidade de menos de 34 horas de carga horária presencial para completar o estudo dirigido, e outras 10,6% das disciplinas precisarão uma carga horária presencial superior a 34 horas, além do já ministrado utilizando estudo dirigido, para concluir o conteúdo. Destaca-se que apenas 2,6% do total das turmas dos cursos de graduação da UFMS, incluindo todos os Câmpus, indicaram que somente poderão concluir os conteúdos com aulas presenciais. Nesse percentual, que necessita de aulas presenciais estão sobretudo os cursos da área da Saúde nas suas diferentes Unidades.
“O cenário geral é de reinvenção e se apresenta bem interessante, sinalizando que estamos no caminho certo quando indicamos o estudo dirigido com o uso de TICs para a manutenção das atividades acadêmicas”, disse o Pró-reitor de Graduação, Ruy Aberto Caetano Correa Filho.
Na pós-graduação, em 85,8% das turmas dos 47 programas de mestrado e doutorado os professores indicaram que têm condições de concluir a disciplina deste semestre totalmente por meio de estudos dirigidos. Segundo o levantamento, 11% indicaram a necessidade de menos de 30 horas de carga horária presencial para completar o estudo dirigido e apenas 1,6% das disciplinas precisarão uma carga horária presencial superior a 30 horas, além do conteúdo já ministrado utilizando estudo dirigido, para concluir o conteúdo. Disciplinas que necessitam de aulas totalmente presenciais são apontadas somente em 1,5% das ofertas.
O pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, Nalvo Franco de Almeida Junior, destacou o comprometimento de todos os professores e coordenadores para superar a situação de exceção que estamos vivenciando. “De forma generalizada, todos os programas entenderam o momento e apontaram que o uso dos estudos dirigidos é a única alternativa para essa realidade”, disse.
A presidente do COE/UFMS, vice-reitora Camila Ítavo, lembrou que o próprio Conselho Nacional de Educação (CNE) está se manifestando nesse sentido. “Estamos vivenciando muitos desafios pedagógicos, logísticos e tecnológicos para essas medidas extraordinárias, mas com a riqueza e competência de todo nosso time de dirigentes, professores, técnicos, estudantes e colaboradores terceirizados estamos superando os desafios e mantendo a qualidade da Educação Superior. Confiamos nas competências, nas habilidades e na especialização dos nossos professores, e em nossos estudantes, maiores tesouros da UFMS”, finalizou.
Texto: Rose Pinheiro