Laboratório de Arqueologia do Câmpus do Pantanal aproxima escolas públicas da Universidade

Com o objetivo de tornar os espaços do Câmpus do Pantanal (Cpan) mais democráticos e acessíveis à comunidade de Corumbá, o Laboratório de Arqueologia do Pantanal deu início ao projeto Conhecendo a cultura material que proporciona aos alunos da Educação Básica, ensinamentos sobre a educação patrimonial e a diversidade cultural dos povos que habitaram e habitam o território brasileiro.  A iniciativa é do Laboratório em conjunto com o Núcleo de Documentação Histórica e Estudos Regionais do curso de Licenciatura em História do Cpan.

As atividades são realizadas por meio de visitas de escolas públicas e privadas. A programação inclui visita a exposições do Laboratório; exibição de filmes sobre temas arqueológicos e memória; e oficina de cerâmica, onde os alunos aprendem sobre as técnicas e os significados dessa arte milenar.

Segundo a coordenadora do projeto, Luana Cristiana da Silva Campos, a ação mostra a importância do trabalho de reconhecimento e preservação da memória social expressos na cultura material por meio da arqueologia e da documentação histórica.

“Até o momento, a experiência tem sido gratificante, tanto pela procura das escolas em aderir a visita, como pela participação dos estudantes de História como monitores das atividades e principalmente, dos alunos das escolas que têm participado das atividades com atenção e saem com um sorriso no rosto”, ressalta.

O projeto iniciou as visitas guiadas no mês de maio deste ano e a previsão é que se estenda por mais dois anos para que todas as escolas de Corumbá, Ladário e região tenham a oportunidade de participar das atividades ofertadas. “Após esse período apresentaremos um novo circuito com outras opções de experiência”, destaca Luana.

Para o coordenador do Núcleo de Documentação Histórica e Estudos Regionais, Felipe Maropo, a ideia é aproximar a escola da Universidade, divulgar a ciência e  popularizar a história pública.

“Quando eles têm a possibilidade, a oportunidade de vir à Universidade, ver como pesquisas são realizadas, profissionais num nível acadêmico um pouco mais elevado com mestrado, doutorado, penso que isso gera um sentimento, uma sensação de perceber melhor como a ciência é construída, além de poderem se permitir a pensar que eles também podem, terminando a Educação Básica, fazerem parte da Universidade”, finaliza Felipe.

A técnica de laboratório Mayara Silva Torres de Souza explica que o treinamento realizado com os monitores foi muito importante para programar o circuito de atividades do projeto.

“Aprendi muito com os diversos estudos que estão expostos na sala de exposição do Laboratório de Arqueologia do Pantanal, os quais tive que apresentar para os estudantes da Universidade e alunos do ensino básico”.

As visitas são gratuitas e as escolas interessadas devem fazer o agendamento com antecedência pelo telefone (67) 3234 6224. Para mais informações sobre o Projeto Conhecendo a Cultura Material, clique aqui.

Texto: Mirtes Ramos

Fotos: Laboratório de Arqueologia do Pantanal