Servidores voluntários da UFMS têm realizado ligações para estudantes, técnicos administrativos e docentes com idade superior a 60 anos e/ou que estejam dentro das indicações da Organização Mundial de Saúde (OMS) como em grupo de risco da Covid-19. O intuito é oferecer atenção especial e apoio para sua saúde e bem estar.
A iniciativa constitui uma das ações do programa “Se cuide, te amo”, promovido pela Universidade para proteger a comunidade universitária neste período de enfrentamento à Covid-19. O programa pode ser acessado na página ufms.br/coronavirus, onde estão reunidas todas as informações sobre as ações da UFMS no combate ao coronavírus.
“Normalmente as organizações oferecem um telefone para que o interessado faça ligações em caso de necessidade. Ao ligar para o servidor e para o estudante, a UFMS está agindo de conformidade com a gravidade do problema, minimizando eventuais sofrimentos e oferecendo o auxílio necessário”, explicou o pró-reitor de Gestão de Pessoas José Carlos Crisóstomo Ribeiro.
Em cada ligação os voluntários buscam se informar sobre como o servidor ou estudante tem vivido o isolamento social, tanto no aspecto físico quanto no emocional, se possui companhia ou ajuda, se está com alguma necessidade, se tem seguido as normas de proteção orientadas pela OMS e outras instituições, entre outras informações. “De acordo com as necessidades identificadas encaminhamos o servidor ou estudante para as outras ações do programa ‘Se cuide, te amo’, como o atendimento psicológico e/ou o atendimento por grupos de voluntários. Por meio dessa triagem registramos relatórios diários e temos um panorama de como tem sido para as pessoas esse período”, disse a psicóloga da Progep Daniela Medrado.
As ligações foram iniciadas no dia dois de abril. O grupo de seis voluntários da Progep utiliza linhas telefônicas disponibilizadas pela Universidade e a média tem sido de 7 a 10 ligações por voluntário por dia. Até o momento foram 152 ligações, sendo 122 para servidores e 30 para acadêmicos. Esta primeira fase é voltada a pessoas com 60 anos ou mais que totalizam, atualmente, 52 estudantes e 286 técnicos administrativos e docentes. Na segunda fase as ligações serão para os servidores que estão ou que estiveram em licença médica nos últimos 12 meses.
“O programa ‘Se cuide, te amo’ tem mostrado que podemos levar um pouco de aconchego aos servidores e estudantes nesse período, uma demonstração do cuidado da UFMS com a comunidade”, lembrou o pró-reitor. “É gratificante representar a Instituição em um momento tão delicado para cada um de nós. Percebemos a forma como as pessoas têm recebido as ligações e o retorno tem sido positivo. Temos levado para elas que sim a UFMS se importa, queremos saber se estão bem, se estão se adaptando e se precisam de ajuda. É também uma forma de todos nós nos mantermos unidos como Universidade, nos ajudando uns aos outros”, afirmou a psicóloga.
Outras ações
Também fazem parte do programa “Se cuide, te amo” o plantão psicológico para atendimento remoto emergencial e o grupo literário “QuarenTEMA: (sobre)vivendo ao Isolamento por meio da Literatura”. “É uma iniciativa da Universidade para mantermos o contato e atendermos nossos estudantes, professores e técnicos administrativos em suas necessidades, é um olhar mais cuidadoso para as pessoas. Com a Covid-19 estamos vivendo uma situação muito diferente e inesperada, que surgiu repentinamente na vida de todos nós”, disse a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ana Rita Barbieri Filgueiras.
Ainda de acordo com a pró-reitora o programa conta com voluntários em suas diversas ações. “Por meio de um edital que continua aberto, já registramos mais de 200 interessados e conseguimos identificar alguns eixos de atuação como o trabalho na assistência e na produção de materiais como álcool e EPIs; pesquisas de testes rápidos para ajudar na identificação da presença de coronavírus; projetos e ações de extensão para atender à comunidade; atuação na comunicação, com informações corretas e que auxiliem as pessoas no enfrentamento à Covid-19 e outros tipos de auxílio às pessoas isoladas socialmente, que efetivamente não podem sair de suas casas”, exemplificou.
Texto: Ariane Comineti
