Estudantes indígenas e quilombolas, matriculados nos cursos de graduação da UFMS têm até a próxima segunda-feira, 28, para se inscrever no programa Bolsa Permanência do Ministério da Educação (MEC). Para isso é necessário acessar o Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), do MEC, e anexar a documentação solicitada. Os modelos de formulários estão disponíveis na página da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes).
Segundo a técnica em Assuntos Educacionais da Secretaria de Acessibilidade e Ações Afirmativas (Seaaf) da Proaes, Ingrid Queiroz Oliveira de Souza, este ano, estão previstas 51 bolsas para estudantes quilombolas e indígenas da UFMS. “Esta bolsa é muito importante, porque ajuda a manter o estudante durante o período que está se graduando e consequentemente, ajuda a conseguir o diploma, que é o nosso principal objetivo”, diz.
O intuito do programa é contribuir para a permanência dos estudantes, evitando assim a evasão. A técnica da Seaaf destaca que desde a adesão ao programa, em 2013, mais de 900 acadêmicos da Universidade foram beneficiados. Em função da pandemia, o benefício não foi oferecido nos anos de 2020 e 2021.
Cursando o 7º semestre do Curso Educação do Campo-Licenciatura, a estudante Alessandra de Santana dos Santos acredita que a bolsa é uma ótima iniciativa e contribui muito para que os graduandos continuem frequentando as aulas. “Eu resido em Furnas do Dionísio, um quilombo afastado de Campo Grande […] então esse dinheiro me ajuda muito para me locomover da comunidade até a faculdade”.
Para a acadêmica do 9º semestre do Curso de Direito Priscila Caetano Amorim, a bolsa é importante para diminuir ou minimizar as desigualdades sociais. Ela é indígena e reside na Aldeia Córrego Seco, que integra a Área Indígena Limão Verde. “Nós indígenas que passamos por esse programa só temos a agradecer, porque foi através desse programa que conseguimos levar nosso certificado ao nosso povo indígena”.
Como se inscrever?
Os estudantes devem acessar o portal do Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), do Ministério da Educação, e anexar a documentação solicitada. Na página da Proaes estão disponíveis todos os formulários.
Para obter o auxílio, os acadêmicos precisam comprovar residência em comunidades indígenas ou quilombolas. “Os candidatos devem anexar o termo de compromisso do bolsista, a autodeclaração e a declaração de pertencimento étnico assinada por três lideranças reconhecidas da comunidade. Também é preciso anexar a declaração da Fundação Nacional do Índio (Funai), no caso dos indígenas, da Fundação Palmares, no caso dos quilombolas, ou comprovante de residência nas comunidades”, explica a técnica da Seaaf, Ingrid Queiroz Oliveira de Souza.
Os estudantes que estiverem com dúvidas podem entrar em contato ou comparecer à Seaaf, na Cidade Universitária, em Campo Grande. A secretaria fica localizada em frente à Caixa Econômica Federal, no corredor central, e o atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h.
Texto: Christiane Reis e Mylena Rocha
