Hospital Universitário alerta sobre os riscos do tabagismo para a saúde

O uso do tabaco é a maior causa evitável de mortes prematuras em todo o mundo, matando mais de oito milhões de pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Um a cada 10 adultos é vítima do tabaco, sendo que mais de sete milhões dessas mortes são resultado do uso direto do produto e 1,2 milhão é de não fumantes expostos ao fumo passivo.

No Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) une-se à campanha mundial para alertar a população sobre os perigos do tabagismo para a saúde, orientando sobre os efeitos nocivos do tabaco para fumantes ativos, passivos ou ocasionais. Vale destacar que a prevenção é a melhor forma de combater o vício e seus malefícios.

O tabagismo é uma condição crônica resultante da dependência à nicotina encontrada nos produtos derivados do tabaco, como: cigarros, charutos, cachimbos, narguilés e cigarros de palha. Ela produz sensação de prazer, o que pode levar ao abuso e à dependência. O efeito da nicotina no cérebro é semelhante ao de outras drogas (cocaína, heroína e álcool). O cérebro adapta-se à inalação contínua, exigindo doses cada vez maiores para manter a satisfação, a tolerância à droga. Com o tempo, o fumante precisa consumir mais cigarros, aumentando o risco de doenças crônicas.

A pneumologista do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh), Andressa Cunha, salienta que “o tabaco é uma das substâncias que comprovadamente causam maior malefício ao organismo e não é somente a nível respiratório. Causa uma inflamação sistêmica que lesiona não só o pulmão, mas atinge diversos outros sistemas do nosso organismo”. O tabagismo tem relação com muitas enfermidades, pois aumenta a predisposição a vários tipos de câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago, rim etc.), doenças do aparelho respiratório e doenças cardiovasculares.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer, o tabagismo é responsável, a cada ano, por cerca de 161 mil mortes prematuras no Brasil. Fumantes adoecem duas vezes mais, quando comparados aos não fumantes, e apresentam menor resistência física, fôlego e desempenho esportivo e sexual. Também, experimentam um processo acelerado de envelhecimento e mudanças em vários aspectos: dentes amarelados, cabelos sem brilho, além de pele enrugada e impregnada pelo aroma do tabaco. É importante destacar que a fumaça não prejudica apenas o fumante, mas as pessoas que convivem com quem fuma, aqueles que estão próximos, inalando as substâncias produzidas pela queima do cigarro.

Sobre os cigarros eletrônicos, Andressa destaca que são amplamente utilizados pela população jovem e de maneira exagerada. O produto produz um vapor inalável com diversos aromas e sabores, o que é o grande atrativo para os usuários. No entanto, contém substâncias, como metais pesados, que são potencialmente tóxicos para o organismo quando aquecidos. Além disso, não há regulamentação sobre a composição desses dispositivos, permitindo que cada fabricante coloque o que quiser. “A quantidade usada e inalada está sendo de forma muito abusiva. Caracterizo ele como muito pior que o cigarro branco, por ter esse efeito atrativo do gosto; o consumo está sendo exagerado e não temos o controle do que tem ali dentro”, enfatiza a especialista.

Sobre a Rede Ebserh

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação, a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Texto e foto: Assessoria de Comunicação do Humap-UFMS/Rede Ebserh