Guia nacional que orienta ações para saúde e bem-estar teve contribuição de docente da UFMS

O primeiro Guia de Atividade Física para a População Brasileira lançado pelo Ministério da Saúde tem como objetivo incentivar que as pessoas tenham hábitos mais saudáveis e melhor qualidade de vida. O documento foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), técnicos do Ministério e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e cerca de 70 pesquisadores de todo o país, entre eles a professora Christianne de Faria Coelho Ravagnani da UFMS. Destinado à população em geral e também a gestores e profissionais da saúde, o Guia também será utilizado para fundamentar e fortalecer o planejamento e o desenvolvimento de ações na Universidade.

“A publicação visa a informar a população sobre os benefícios da atividade física, sobre as formas que as pessoas podem e devem praticá-la, as recomendações de tempo, frequencia, quantidade e intensidade para promover maiores benefícios à saúde”, explica a docente Christianne, representante da Região Centro-Oeste no comitê científico. Segundo a pesquisadora, “a ideia foi, de fato, desenvolver um material ilustrativo que conseguisse, por uma linguagem fácil, atingir realmente toda a população, considerando que nosso país é bastante extenso e culturalmente diferente nas suas diversas regiões”.

O Guia de Atividade Física para a População Brasileira é dividido em oito capítulos e aborda a prática de atividades físicas em diversos contextos, grupos e ciclos de vida. As orientações abrangem desde a primeira infância até a terceira idade, também grupos especiais como pessoas com deficiência e gestantes, entre outros, e ainda a educação física para os escolares. Além do guia na língua portuguesa, o material foi traduzido para o inglês e disponibilizado em braile e também em um áudio book.

Segundo o Ministério da Saúde, serão distribuídos 74 mil exemplares para gestores e técnicos municipais do SUS, profissionais e usuários vinculados ao Programa Academia da Saúde (PAS), centros de reabilitação com foco na atenção às pessoas com deficiência visual (guia em braile), Ministérios e outros órgãos governamentais.

“É uma grande conquista para o nosso país, uma vez que as prevalências de inatividade física e o sedentarismo têm aumentado cada vez mais, especialmente em tempos de pandemia”, destaca a secretária de Projetos e Eventos Esportivos (Sepes) da Diretoria de Cultura e Esporte (Dice) da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte (Proece), Edineia Aparecida Gomes Ribeiro. Com relação ao uso do guia para o direcionamento da atividade física da população, a secretária ressalta que é importante que as pessoas leiam o documento para conhecerem as recomendações para cada perfil.

“Pensando em uma comunidade universitária fisicamente ativa, a Proece, Dice e Sepes têm apoiado, ao longo dos anos, o desenvolvimento de projetos esportivos, de danças e lutas que fomentam a prática de atividade física, bem como apoio aos eventos esportivos da UFMS e das Atléticas. Todavia, devido ao enfrentamento da pandemia da Covid-19 as ações esportivas tiveram de ser adaptadas. No momento, estamos com o projeto de dança em casa para toda a comunidade universitária, que terá início no dia 11 de agosto por meio do Google Meet, e também o projeto Mova-se, em parceria com a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep)”, informou.

Edineia sinalizou também o desenvolvimento de novas ações: o projeto “Sábado de futebol no Morenão”, na Cidade Universitária, e projetos organizados por servidores dos diversos câmpus, que devem ser iniciados neste segundo semestre de 2021. “O principal objetivo é promover a prática de atividade física e esportiva para os servidores, estudantes e a comunidade externa à UFMS. No quesito da gestão, o Guia de Atividade Física para a População Brasileira contribuirá para fundamentar e fortalecer o planejamento e o desenvolvimento de ações voltadas para a promoção de um estilo de vida fisicamente ativo entre todas as pessoas”, finalizou.

O guia completo pode ser acessado neste link, no site do Ministério da Saúde.

 

 

 

Texto: Ariane Comineti