A partir desta segunda-feira, 15, a Galeria de Artes Visuais (GAV) da UFMS receberá a Exposição Coletiva: Liberdade sempre. Com curadoria de Agostinho Santos e participação de artistas de Gaia – Cooperativa Cultural, de Portugal, a galeria estará aberta para receber visitações até 17 de maio, no piso térreo do Bloco 8 de Artes Visuais, na Cidade Universitária. A exposição tem acesso gratuito e ocorre de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h e das 13h às 16h.
“Esta exposição amplia a percepção cultural e estimula a prática artística, desenvolvendo nos visitantes maior interesse em aprender e refletir de forma crítica sobre contexto específico, fomentando posturas mais ativas na partilha de saberes, contribuindo para a continuação de nossos espaços de criação em liberdade e alarga o repertório artístico da nossa comunidade acadêmica”, diz a professora da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (Faalc) e organizadora da exposição, Constança Maria Lima de Almeida Lucas.
O professor da Faalc, Rafael Maldonado, ressalta a importância histórica da exposição, em alusão à Revolução. “Este marco histórico, que ocorreu em abril de 1974, representou não apenas a queda de um regime autoritário, mas também o surgimento de uma nova era de liberdade e democracia para o povo português. É fundamental destacar a relevância desse tema atualmente, pois nos relembra do nosso compromisso contínuo com os ideais democráticos e da importância de preservar os princípios pelos quais tantos lutaram. A expectativa para o recebimento da exposição é significativa, não apenas devido à sua relevância histórica, mas pelo valioso intercâmbio cultural que promove entre artistas de Campo Grande e de Gaia, em Portugal. Essa troca de experiências contribui para ampliar o diálogo entre as culturas e promover uma maior compreensão mútua”.
A exposição Liberdade sempre, da Galeria de Artes Visuais (GAV), apresenta artistas comprometidos com posturas democráticas e transformadoras, destacando os 50 anos do 25 de abril em Portugal. A ideia da exposição é estimular a prática artística, promovendo reflexões críticas sobre o contexto específico, contribuindo para o enriquecimento da comunidade acadêmica e a continuidade dos espaços de criação em liberdade.
A revolução em Portugal
O 25 de abril de 1974, conhecido como a “Revolução dos Cravos”, marcou a ruptura política liderada por militares portugueses contra a guerra colonial. Os soldados, inicialmente presentes nas ruas de Lisboa, foram surpreendidos quando floristas distribuíram cravos, que foram colocados como símbolo de paz em suas armas. O evento representou um movimento de solidariedade e comoção coletiva pela liberdade e paz, marcando o início da democracia em Portugal e o fim de meio século de regime autoritário. A revolução de abril restaurou direitos fundamentais, como liberdade de expressão, justiça, saúde e educação, além de promover melhores condições de trabalho e igualdade de gênero.
Texto: Elton Ricci