A Faculdade de Ciências Humanas (Fach) promove hoje, 16, uma palestra com o líder indígena Ailton Krenak. Com o tema Terra, uma plataforma sangrenta, a palestra encerra o Simpósio Internacional Independências do Brasil. O evento é gratuito e será transmitido no canal Extensão UFMS, a partir das 19h, no horário do Mato Grosso do Sul.
Ailton é pensador, ambientalista, filósofo, poeta e escritor brasileiro da etnia indígena Krenak. É autor de obras como Ideias para adiar o fim do mundo, Futuro Ancestral e O Amanhã não está à venda. É também Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora e pela Universidade de Brasília. Além disso, é o primeiro indígena a ser eleito para ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Para a diretora da Fach, Vivina Dias Sol Queiroz, abordar a temática é fundamental para reforçar a importância da representação indígena dentro da Universidade. “Temos alunos indígenas em diversos cursos da nossa Universidade. Nós organizamos esse evento pensando nessa formação inclusiva, para promover uma formação plural e diversa. Mato Grosso do Sul é o estado que tem a terceira maior população indígena no Brasil. Não podemos deixar isso de lado, por isso estamos extremamente felizes que o Ailton Krenak aceitou participar desse nosso evento”, conclui.
“O reconhecimento dele na causa indígena e questões ambientais, em dar voz aos povos originários, é de extrema importância para a academia. Temos muito o que aprender e ele tem muito para nos ensinar com o conhecimento de filósofo, de escritor, o conhecimento que tem da natureza. Tenho certeza que se nós passarmos a ouvir e também implementar a sua fala, nós poderemos nos precaver de muitas catástrofes ambientais. Tenho certeza que ouvir o Ailton Krenak vai ser muito importante, um momento de muita aprendizagem”, enfatiza a diretora.
O professor da Fach e coordenador do Simpósio Internacional Independências do Brasil, Jérri Roberto Marin, ressalta a importância da participação do líder indígena no evento. “O objetivo é exatamente dar visibilidade e protagonismo aos povos originários ao termos uma pessoa indígena falando sobre essa temática. Nós temos que dar visibilidade à causa dos povos originários, sobretudo porque ainda faz parte dessas independências a serem conquistadas. É necessário avançar muito nas políticas indigenistas no Brasil”.
Texto: Alíria Aristides
