Exposição retrata esforços para transição da violência para a cultura de paz

O público que participa da Reunião Anual da SBPC tem à sua disposição a mostra “Da Cultura de Violência para a Cultura de Paz – Transformando o Espírito Humano”. A ação, coordenada pela docente do curso de História da Faculdade de Ciências Humanas Vanderléia Paes Leite Mussi, tem como objetivo principal levar as pessoas a reflexão sobre os problemas da violência no mundo, despertando-as para a necessidade de mudança para uma cultura de paz e do papel de cada indivíduo nesta mudança.

A exposição, organizada em frente à antiga reitoria, entre os dias 22 e 26, é composta por quatro alas temáticas num total de 38 painéis. Cada seção reflete os esforços e o significado do tema, oferecendo questionamentos que visam ampliar a compreensão dos visitantes acerca da problemática. Ilustra ainda, com exemplos bem-sucedidos, como a sociedade civil pode contribuir de forma efetiva para a solução.

“No atual contexto global e nacional de acirramento da cultura do ódio, da intolerância com o outro, do ressurgimento dos extremismos políticos belicosos, da irracionalidade obscurantista anti-ciência e dos fundamentalismos religiosos diversos é mais do que necessário focarmos todos os esforços na promoção de uma cultura política e social que reafirme os valores do humanismo, da razão, da liberdade, da fraternidade e solidariedade entre os povos e dos direitos inalienáveis a todos os seres humanos”, explica Vanderléia.

A ação conta, ainda, com a exibição do documentário “Um Outro Modo de Ver as Coisas”, escrito por Daisaku Ikeda e dirigido por Cory Taylor, com o apoio da Soka Gakkai Internacional. O filme trata de uma viagem do jovem historiador britânico Arnold Toynbee aos campos de batalha entre Grécia e Turquia, nos idos de 1920. A postura de Toynbee em “ouvir o outro lado”, mostrando as crueldades cometidas pelos gregos contra civis turcos, não agradou a sociedade europeia da época, cúmplice das atrocidades da guerra greco-turca. Os visitantes podem assistir ao filme em duas sessões diárias, às 15h e às 15h30.

Desde sua primeira exibição, em setembro de 2007, em Nova York, durante o fórum com representantes da sociedade civil para promoção da abolição de todos os tipos de armas nucleares e o estabelecimento de uma cultura de paz, a exposição já esteve presente em mais de 230 cidades de 31 países, em locais como Escritório das Nações Unidas em Genebra, na Suíça; Casa do Parlamento em Wellington, Nova Zelândia; e em países como Canadá, Malásia, República Dominicana, Costa Rica e Argentina.

Texto: Rafael Cogo – Fotos: Ariane Comineti