Debates sobre inovações para controle de infecções em populações negligenciadas reuniram especialistas em encontro que abordou as doenças infecciosas Histoplasmose, Tuberculose e Leishmaniose Visceral.
Com coordenação dos médicos e professores Anamaria Mello Miranda Paniago (UFMS) e Rinaldo Tietê Poncio Mendes (Unesp), o encontro reuniu ainda a pesquisadora Rosely M. Zancope-Oliveira (Fundação Oswaldo Cruz), Ângela Carvalho Freitas (HCFMUSP) e a Pós-doc (UFMS) Adriana de Oliveira França.
Pelo menos 93 países apresentam casos isolado de Histoplasmose, infecção causada pela inalação de esporos de um fungo que é encontrado frequentemente em fezes de pássaros e de morcegos. A transmissão da Histoplasmose ocorre principalmente quando os esporos se espalham pelo ar.
No Brasil, assim como na América Latina, segundo Rosely, não se sabe a incidência da doença, em especial por não ser de notificação compulsória, sendo os casos registrados bastante subestimados.
“As micoses são negligenciadas dentro das doenças negligenciadas. O problema de desmatamento tem feito com a que a epidemiologia de micoses tenha mudado de cenário. E é uma doença que mata nos casos de pacientes com Aids”, disse a pesquisadora da Fiocruz.
Já a médica Ângela Freitas abordou as estratégias para redução da Tuberculose na população que portadora do vírus HIV. Existem hoje cerca de 10 milhões de infectados com Tuberculose no mundo, sendo que 20% dos casos no Brasil, dos quais 900 mil casos são de coinfectados com HIV.
Por último, a pesquisadora Adriana de Oliveira França mostrou que a Leishmaniose Visceral está presente em 88 países, sendo que no Brasil em 23 estados, representando 90% dos casos da América Latina, sendo no estado de Mato Grosso do Sul um importante problema de saúde pública.
Paula Pimenta