O projeto Ilhas Flutuantes se destacou no Desafio Liga Jovem, a maior competição de empreendedorismo tecnológico escolar do Brasil, realizada pelo Sebrae e Instituto Ideias do Futuro. A proposta foi criada por três estudantes da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), com orientação do professor Ariel Ortiz, e busca garantir melhor qualidade da água ao assegurar que os resíduos sólidos retidos se transformem em renda para cooperativas de catadores de recicláveis. A equipe da UFMS foi classificada para a categoria Avança e representa o Mato Grosso do Sul na fase regional, junto a outras iniciativas do Centro-Oeste.
O Desafio Liga Jovem é conhecido por incentivar jovens estudantes a desenvolverem soluções tecnológicas inovadoras que possam ser aplicadas na vida real. A classificação do Ilhas Flutuantes na categoria Avança significa que o projeto da UFMS será acompanhado de perto por mentores e especialistas e terá a oportunidade de aprimorar suas tecnologias.
Segundo o professor e coordenador do projeto, Ariel Ortiz, a classificação é um marco importante. “Para nós, é uma grande conquista, pois a ideia de desenvolver esse projeto surgiu após os integrantes do grupo terem estudado soluções sustentáveis não convencionais de tratamento de água e também de como utilizar os resíduos retidos na barreira de como impactar comunidades economicamente vulneráveis”.
O coordenador ainda destaca como o projeto Ilhas Flutuantes pode contribuir para a sustentabilidade e preservação de ecossistemas aquáticos. “O projeto vem com a inovação social de um método ESG (Environmnent Social Governance) determinado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas. O método garante que exista um produto de econômica circular (recicláveis), que ajuda os catadores de recicláveis terem mais renda e, além disso, filtra os potenciais poluidores que são liberados na água que corrobora a diminuição dos parâmetros ruins dos rios”, explica.
Agora, a equipe se prepara para as próximas etapas da competição, que exigirão ajustes e refinamentos no projeto para que ele possa ser implementado em maior escala. “Estamos confiantes de que podemos levar o Ilhas Flutuantes ainda mais longe. Somos apaixonados por empreendedorismo social e por desenvolver projetos que causem impacto positivo, e essa classificação no Desafio Liga Jovem é um reconhecimento muito especial. Ela nos motiva a continuar buscando formas de transformar o mundo por meio de pequenas ações e novas ideias. Acreditamos que essas pequenas atitudes são o ponto de partida para as mudanças necessárias. É maravilhoso ver a existência de editais e programas que promovem a sustentabilidade, algo de que o mundo precisa urgentemente”, explica o estudante do Curso de Engenharia Ambiental Guilherme Victor Daniel Ladislau Bezerra.
Para o estudante Teruo Allyson Yamada, o projeto mostra para Campo Grande que a UFMS corrobora para a criação de novos de meios ecotecnológicos para a redução da poluição e/ou contaminação dos rios. “Participar do projeto Ilhas Flutuantes é mostrar que a utilização de meios naturais consegue impactar positivamente a cidade de Campo Grande e também afetar vidas, principalmente com a nossa inovação social de retenção de resíduos sólidos que remove os recicláveis e dá a destinação correta para a cooperativa de catadores de recicláveis, o que gera renda para comunidades economicamente vulneráveis. O nosso projeto Ilhas Flutuantes é inovador, com o ideal de economia circular que pretende dar o primeiro passo de Campo Grande se tornar uma smart city. O nosso projeto contempla os ODS’s de Água potável e saneamento; Trabalho decente e crescimento econômico; Redução das desigualdades; Cidades e comunidades sustentáveis; e Vida na Água”, complementa o integrante do Ilhas Flutuantes.
Texto: Lúcia Santos
Fotos: Acervo dos estudantes