Já está aberto o processo de submissão de novas propostas para cursos de especialização pelas unidades. As submissões devem ser feitas no Sistema de Informação e Gestão de Projetos (Sigproj) até 29 de novembro. Nos últimos anos, a oferta dos cursos dobrou e já são 18 especializações ofertadas pela Universidade.
“O edital está funcionando desde o ano passado e ele melhora o fluxo de submissão das propostas de cursos de especialização. Antes tínhamos apenas a normativa e a partir da leitura era construída a proposta do curso. Hoje, no Sigproj temos um formulário que é mais intuitivo para o docente e facilita o seu trabalho na proposição do curso. O objetivo é realmente esse: facilitar a vida do docente e apresentar um modelo mais intuitivo para quem tem uma boa ideia para curso de especialização”, explica o pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte, Marcelo Fernandes.
Na UFMS, a Diretoria de Escola de Extensão é a unidade responsável pela coordenação, orientação e avaliação de cursos de extensão e de pós-graduação lato sensu. “Em relação à pós-graduação lato sensu, nos últimos anos tivemos um grande incentivo para criação e oferecimento de novos cursos na Cidade Universitária e nos câmpus, tanto presenciais como a distância. Isso veio para aproveitar um espaço no mercado de Mato Grosso do Sul, que faltava para a UFMS atender. Aqui temos todos os recursos humanos e infraestrutura, sistemas que já existem nos cursos de graduação e podem ser aproveitados nos cursos de pós-graduação. Toda a infraestrutura de Educação a Distância para os cursos nesse formato também”, ressalta a diretora Liana Dessandre Duenha Garanhani.
Segundo Liana, esse incentivo fez com que, nos últimos quatro anos, houvesse um aumento significativo na quantidade dos cursos e estudantes atendidos. Dados da Secretaria de Especialização e de Aperfeiçoamento (Seesp), mostram que a quantidade de cursos ativos dobrou, desde 2021. “Passamos de oito cursos ativos, em 2021, para dez, em 2022, 15 em 2023 e 19 em 2024. Desses, 11 são de várias unidades da Cidade Universitária”, explica o chefe da Seesp Filipe Quevedo Pires de Oliveira. Filipe lembra que ainda há outros cursos em processo de aprovação, além dos que serão submetidos no edital deste ano. “Temos tido oferta de cursos em diversas áreas, com maior ocorrência na área de educação e gestão”, acrescenta. Também houve um aumento expressivo na quantidade de estudantes matriculados. Dados da Seesp revelam que, em 2021, eram 709 estudantes, já em 2023 são mais de 9,5 mil.
Sobre o processo de submissão
“Os cursos de especialização começam com uma vontade das unidades, que se organizam e definem junto ao diretor e grupo de professores, que tem condições para oferecer os programas, com carga horária disponível e se utiliza desse edital, para proposição de cursos lato sensu, que disciplina o processo. Há hoje uma norma, uma instrução normativa e o edital. Uma vez que a unidade queira oferecer, eles podem contar com o apoio da Seesp, tanto na construção do projeto pedagógico do curso, como apoio na construção de um estudo de mercado, de um plano de trabalho com a parte orçamentária”, fala a diretora da Diex.
Liana destaca que tudo isso é papel da Seesp. “A Secretaria dá assistência, orienta, tira dúvidas até o momento que professor submeta a proposta com todos os documentos necessários. A partir do momento que é submetida a proposta, passa por diversas instâncias até o momento em que o curso tem autorização para acontecer. Os cursos nos quais há algum tipo de cobrança de mensalidade, tem gestão da Fapec. Aqueles que vêm com orçamento do Ministério da Educação ou outros órgãos/instituições não necessitam necessariamente de uma participação da Fapec”, detalha.
“Uma vez que o curso é iniciado, é criada uma comissão especial que faz o papel de colegiado para toda execução e administração. A partir desse mês será feita a produção digital do diploma, que pode ser digitado virtualmente. Com toda a certificação digital, os estudantes que não residiam no câmpus no qual o curso é oferecido agora podem obter o documento de forma remota. Muitas vezes o professor coordenador tem bolsa. A única limitação é a carga horária do professor, que não pode extrapolar seu tempo em sala de aula”, reforça Liana.
Para o professor Filipe, a meta e continuar fortalecendo o oferecimento de especializações. “Neste ano pretendemos manter o crescimento do número de cursos”, diz. Ele também deu algumas orientações para as unidades que queiram submeter novas propostas. “As unidades devem observar dois pontos gerais. O primeiro se refere à demanda social/profissional que o curso proposto vem suprir. É muito importante que os proponentes façam um levantamento e busquem propostas que vão ao encontro de demandas a serem atendidas. O segundo ponto se refere às normativas para submissão e execução dos Cursos, as quais podem ser todas encontradas na página da Seesp. Em relação estamos à disposição para auxiliar os coordenadores durante toda a elaboração da proposta de curso”, finaliza.
Mais informações sobre o processo seletivo podem ser obtidas aqui. As submissões devem ser feitas no Sigproj até 29 de novembro.
Texto: Vanessa Amin