Nesta segunda-feira, 18, foi realizado o encerramento da 5ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação em Mato Grosso do Sul. O evento é uma preparação para a edição nacional e reuniu mais de cem pesquisadores e representantes de instituições públicas e privadas no Auditório do Complexo EaD e Escola de Extensão, na Cidade Universitária. A ação é realizada pelo Governo do Estado, por meio Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
O reitor Marcelo Turine celebrou a presença de todos e falou sobre a importância das universidades. “Estamos felizes em receber todos aqui na nossa casa, na maior casa de Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul, que é a UFMS. Também gostaria de parabenizar o Governo do Estado pela realização dos debates. […] Hoje temos seis grandes instituições públicas e privadas de ensino superior que atuam em prol do desenvolvimento do nosso Estado. A Conferência tem que mexer um pouquinho com as pautas estaduais, mas também com as pautas nacionais”, disse.
O secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, falou sobre os investimentos na ciência e inovação. “Mato Grosso do Sul tem se diferenciado e nos últimos três anos direcionamos investimentos de cerca de R$ 100 milhões para a ciência e tecnologia. Isso mostra o compromisso do Governo do Estado em apoiar projetos que nos diferenciam e podem auxiliar no nosso desenvolvimento. Um deles é o Programa de Iniciação Científica no Ensino Médio, pelo qual tenho um carinho especial. Fizemos um edital Carbono Neutro, lançamos no ano passado outro para auxiliar a agricultura familiar e povos originários, Mulheres na Ciência, a Agrotec aqui na UFMS que é uma unidade Embrapii, além de bolsas de mestrado e doutorado, que nos colocam entre os primeiros estados que mais concedem esse tipo de incentivo, além do apoio a parques tecnológicos e inovação, startups, entre outros”, destacou.
Ele ainda citou o desafio de aproximar o setor produtivo da comunidade científica. “E precisamos levar a ciência para as nossas periferias, propriedades rurais. Recentemente criamos o Fundo Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação para dar o suporte a todas as ações, pois acreditamos que não é possível promover o desenvolvimento do Estado sem o tripé CT&I”, acrescentou.
O diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul, Márcio de Araújo Pereira, disse que o Estado tem se destacado pela inovação.“O investimento em ciência não pode parar, já fizemos muito, mas precisamos de mais bolsas, mais centros de CT&I no estado. O mais importante hoje será discutir as perspectivas dessa área em nosso Estado e, por isso, tenho muito que agradecer a todos vocês”, falou.
“Mato Grosso do Sul tem sido um parceiro do Governo Federal na reconstrução do país. Estamos lutando muito para corrigir as assimetrias regionais. […] Temos uma grande e vigorosa produção agrícola, mas não podemos apenas depender disso. Precisamos de uma nova indústria de ciência, tecnologia e inovação. Saúdo o Mato Grosso do Sul por colocar no centro de questões como bioeconomia, sustentabilidade ambiental, saúde, agronegócio em bases mais avançadas e economia criativa, esse é um grande esforço de unidade nacional. Nesse ano, já realizamos mais de cem conferências estaduais e o próximo desafio é reunir as inteligências das universidades para que o Brasil dê um salto”, afirmou a representante do Governo Federal e chefe da Assessoria do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Em seguida, foi realizada discussão sobre Perspectivas para a CT&I no Mato Grosso do Sul, com a participação da pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Maria Lígia Macedo, do professor da UCDB Cristiano Carvalho e da diretora técnica do Sebrae-MS, Sandra Amarilha.
“Nós iniciamos a Conferência Estadual em dezembro do ano passado. Depois, percorremos alguns municípios polo sul-mato-grossenses, a fim de construir uma agenda propositiva para a Ciência, Tecnologia e Inovação em nosso Estado. O Governo Federal vai elaborar o plano decenal de CT&I e propôs a realização das conferências estaduais, regionais e nacional de CT&I para ouvir a comunidade científica, empresas e sociedade para estimular sugestões para o referido plano”, informa Ricardo Senna.
Em cerca de três meses, a Conferência Estadual passou por Coxim, Ponta Porã, Corumbá e Três Lagoas. Além de debater uma temática local, as conferências estaduais que subsidiam a nacional têm como tema central Para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido.
Texto: Vanessa Amin, com informações da Semadesc
Fotos: Álvaro Herculano
