Coletivo Transpor realiza ação de orientação para retificação de registro civil

O Coletivo Transpor UFMS e a Associação das Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul (ATTMS), em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos, promovem o evento Me chame pelo meu nome: retificação de nome e gênero também é um Direito!. A ação tem como objetivo facilitar o acesso a retificação de registro civil da população trans universitária, além de orientação quanto a outros processos relacionados aos direitos de pessoas trans. Interessados podem se inscrever aqui

Serão disponibilizadas vinte vagas, divididas em duas turmas. A primeira atividade será realizada na próxima segunda-feira, 8, às 14h, na sala de reuniões ao lado da Pré-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes). Já a data da segunda turma ainda deve ser divulgada.

O Coletivo Transpor busca promover ações para acolher, amparar e auxiliar pessoas transgênero em suas vivências. “Os coletivos universitários apoiam, discutem e organizam grupos com interesses ou causas comuns, promovendo diversidade, inclusão e representação. Eles funcionam como redes de apoio e agentes de mudança social, mobilizando ações para uma Universidade mais justa e equitativa”, explica a diretora de Inclusão e Integração Estudantil, Luciana Contrera.

Segundo Alister Dante Burema, participante do Coletivo Transpor, o evento deve incluir orientações e palestra. “Na reunião, a gente vai dar as orientações de como seguir com o processo de retificação, porque é um processo que leva tempo e também que exige certas documentações. Além disso, a gente também vai ter uma palestra voltada ao combate à homotransfobia dentro dos câmpus e como que a gente pode dar prosseguimento e lidar com esse tipo de situação”.

“Vivemos em um país onde as taxas de violência contra pessoas trans são as maiores do mundo. Os índices de escolaridade de pessoas trans são baixíssimas. Se é difícil para uma pessoa trans em uma universidade, é mais difícil ainda que ela consiga permanecer e concluir o seu curso. O Transpor nasce dessa necessidade, na esperança de transformar a Universidade em um local habitado por corpos trans”, pontua o estudante. 

A comunidade universitária possui o direito de usar o nome social, independentemente de ter realizado ou não a retificação do registro civil. Para utilizar o nome social na UFMS, os estudantes devem enviar um requerimento acadêmico conforme orientações disponíveis na página da Proaes.

Texto: Alíria Aristides

Foto: Coletivo Transpor