A partir das análises epidemiológicas da Covid-19 em Mato Grosso do Sul e no acompanhamento dos três eixos estratégicos do Plano de Contingência da UFMS, o Comitê Operativo de Emergência da Universidade recomendou a consolidação de um plano de biossegurança para toda a Instituição, contemplando as especificidades e características de cada Unidade.
O planejamento de biossegurança é a condição necessária para análise e indicação da programação de qualquer retorno às atividades presenciais, tanto administrativas quanto acadêmicas.
A recomendação foi aprovada em reunião realizada hoje (23) de manhã, por videoconferência. O COE/UFMS, formado por especialistas de várias áreas do conhecimento da saúde, também recomendou a prorrogação e a continuidade dos estudos dirigidos por meio de TICs na Universidade.
De qualquer forma, haverá necessidade de se rever todas as atividades na UFMS. “Não podemos pensar em volta à normalidade, porque ao que parece a Covid-19 vai impor outra rotina para manter a Universidade funcionando”, explicou a presidente do COE, vice-reitora Camila Ítavo.
O planejamento terá a contribuição da Comissão Interna de Biossegurança da Universidade, que já apontou a necessidade de mudança de cultura, com a manutenção do distanciamento social, higienização das mãos e medidas de proteção.
Ainda, deverá ser analisada a Matriz do Plano de Contingência de todas as Unidades Acadêmicas, com panorama de cada disciplina da graduação e da pós-graduação. Os dirigentes das Unidades já estão elaborando esta atualização da Matriz, e a versão final deverá ser entregue até o dia 27 de abril. Com os indicadores de acesso nas disciplinas, com a matriz de cada unidade, o panorama epidemiológico e o plano de biossegurança, será discutida a programação de retorno das atividades presenciais, que contará com escalonamento de servidores e estudantes, priorizando as aulas práticas, de acordo com a indicação dos dirigentes e coordenadores dos cursos. “É muito importante pensar nas várias possibilidades que existem dentro da nossa Universidade porque as situações entre os municípios dos câmpus também são diferentes”, ponderou a médica infectologista Mariana Croda, da Famed.
A presidente da Comissão Interna de Biossegurança da UFMS, profa. Gecele Matos Paggi, afirmou que é necessária a construção de vários cenários epidemiológicos para que haja uma orientação adequada e eficiente. “A participação de todas as unidades será importante para assegurar a efetividade das ações e esperamos que o plano seja entregue para apreciação na próxima semana”, disse.
Todas as recomendações do COE/UFMS serão avaliadas pela Administração, que deverá publicar portaria com novos encaminhamentos na Universidade.
Texto: Rose Pinheiro