Como parte da programação científica da 71ª Reunião Anual da Sociedade Científica para o Progresso da Ciência (SBPC), o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), João Luiz de Azevedo, premiou graduandos, pós-graduandos e universidades que se destacaram pelo desempenho e trabalhos desenvolvidos no campo científico e cultural. Participaram da cerimônia o reitor Marcelo Turine e o presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira.
Ao todo, foram 11 homenageados, sendo três da 8° edição do Prêmio Fotografia – Ciência & Arte, das categorias de “Câmeras Fotográficas” e “Instrumentos Especiais”; e seis da 16º edição do Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica. O reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marcelo Knobell, também foi premiado na categoria de “Pesquisador e Escritor”, pelo 39ª Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica. Por fim, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi reconhecida pelo Mérito Institucional do CNPq, recebendo dez bolsas adicionais do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e/ou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti).
Os acadêmicos Nathália Araújo Macêdo e Higor Pereira, das Universidades Federais do Sergipe (UFS) e Amapá (Unifap), respectivamente, comemoram a visibilidade ganha a partir dos prêmios concedidos. “A minha universidade é uma instituição que ainda engatinha na pós-graduação e na pesquisa. Então levar esse prêmio para ela e todo o estado é fantástico! Na minha região da Amazônia existem muitos pesquisadores com inúmeros trabalhos que devem ser reconhecidos. O meu trabalho é só um em milhões, e espero que eles se sintam representados”, conclui Higor.
As premiações concedidas pelo CNPq são tradicionais ferramentas para o fomento da ciência, no qual busca cada vez mais aumentar a captação de recursos humanos para o avanço tecnológico e científico. Conforme afirma o vice-reitor da UFSM, Luciano Schuch, esta ação fortalece o trabalho da comunidade acadêmica e propicia novas oportunidades. “É um reconhecimento para os nossos pesquisadores, além de possibilitar a criação de verdadeiros cientistas. É um orgulho para todos nós, e mostra que o investimento público na ciência tem retorno, gerando desenvolvimento econômico e social para o país”.
20 anos da Plataforma Lattes
Após a cerimônia de premiação, o presidente do CNPq realizou uma conferência sobre os mecanismos de fomento da ciência e tecnologia do Conselho, além de destacar os 20 anos da Plataforma Lattes.
Com mais de seis milhões de currículos cadastrados atualmente, a plataforma contempla ações de planejamento, gestão e operacionalização de fomento do CNPq, e de outras agências de fomento federais e estaduais, das fundações estaduais de apoio à ciência e tecnologia, das instituições de ensino superior e dos institutos de pesquisa. “De fato, o Lattes se tornou um padrão para currículos em todo o país, e está em constante processo de modernização. Além da utilização do nome social, agora é possível inserir o nome dos filhos. Também estamos com planos de reformular a Plataforma Carlos Chagas”, afirma João Luiz de Azevedo.
Além da Plataforma Lattes, o CNPq também está à frente da Plataforma Carlos Chagas. A base de dados faz homenagem ao pesquisador, médico e sanitarista Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas, responsável pela descoberta do parasita Trypanosoma Cruzi, agente causador da doença de Chagas. Tem como principal objetivo reunir informações sobre bolsas, auxílios, encaminhamento de projetos e pedidos de bolsas e outras funções.
Texto: Geovanna Yokoyama (estagiária de Jornalismo)
