A Universidade sediou na manhã desta terça-feira, 4, a 1ª Oficina da Rede Sul-Mato-Grossense de Bancos de Leite Humano (BLH-MS). O objetivo foi discutir estratégias para o fortalecimento e expansão dos bancos no Estado e a modulação da Rede para o Programa de Certificação da Fundação Oswaldo Cruz de Mato Grosso do Sul (Fiocruz/MS). O evento realizado no auditório do Complexo EaD e Escola de Extensão, da Cidade Universitária, faz parte de uma série de ações em alusão ao Dia Mundial de Doação de Leite Humano, celebrado no dia 19 de maio.
Atualmente cinco bancos integram a Rede, quatro em Campo Grande, localizados no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh), no Hospital Regional, na Santa Casa e na Maternidade Cândido Mariano e um no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados.
A vice-reitora Camila Celeste Brandão Ferreira Ítavo esteve no evento e ressaltou a importância da parceria entre Universidade e a rede BLH-MS. “Nosso banco de leite humano do Hospital Universitário é referência no Estado. Nós ajudamos a Secretaria de Estado de Saúde na formação de novos bancos de leite, na capacitação e na supervisão para que a gente tenha um grande número de doação e também para que a gente tenha esse leite com qualidade para poder cuidar dos nossos recém-nascidos”.
“Nós sabemos que as mães não conseguem amamentar o bebê prematuro, então a gente trabalha com a doação. A oficina vem com o intuito de falarmos sobre o leite humano de uma forma terapêutica, como ele pode beneficiar os nossos bebês prematuros que necessitam do leite, o alimento mais importante da vida, e como a gente pode trabalhar isso durante a recuperação desse prematuro que tanto precisa”, explica a presidente da Comissão dos Bancos de Leite do Estado, Vanessa Torres.
A palestra de abertura teve como tema Banco de leite humano: uma estratégia na segurança alimentar e nutricional de RNs e lactentes. “Viemos aqui falar da importância do aleitamento materno e da doação do leite que vai ser direcionado para bebês prematuros que estão impossibilitados de estar no seio da mãe. Além disso, durante a amamentação a mulher tem dúvidas, dificuldades. Essa mulher pode buscar apoio no banco de leite humano, onde vai ter uma equipe multidisciplinar para apoiá-la”, destaca a palestrante e coordenadora do Centro de Referência Nacional para Bancos de Leite Humano da Fiocruz, Danielle Aparecida da Silva.
“O leite humano não é só um alimento, é muito mais do que isso. Ele carrega em sua composição toda a proteção que o bebê precisa na sua recuperação, crescimento e desenvolvimento. Cada vez mais a gente tem descobertas científicas demonstrando como o leite humano é importante para recuperação, em especial desses bebês prematuros. Eventos como esses são importantes para a gente poder externalizar, tornar públicas essas informações”, completa a coordenadora do Centro de Referência Estadual para Bancos de Leite Humano (CREBLH) do Humap-UFMS/Ebserh, Elisabete Kamiya.
Durante o evento, as instituições parceiras da Rede foram homenageadas com um bonsai de ipê, escolhido por representar amizade e longevidade. Receberam a honraria representantes do Rotary Club, da Sociedade de Pediatria do Estado, da empresa Attive Care, da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul e do Corpo de Bombeiros Militar. A coordenadora do CREBLH Humap-UFMS/Ebserh, Elisabete Kamiya, também foi agraciada.
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Texto: Ariane Comineti e Alíria Aristides
Fotos: Álvaro Herculano
