Ciclo de Cinema Brasileiro Contemporâneo exibe Sertânia

Cineasta Geraldo Sarno participará do debate sobre o filme no dia 26

O curso de Audiovisual da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (Faalc), em parceria com o Museu da Imagem e do Som, da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), exibe o filme Sertânia, como parte da programação do 2º Ciclo de Cinema Brasileiro Contemporâneo. O Ciclo é uma ação de extensão da UFMS e teve início em 2020, mas devido à pandemia da Covid-19 foi suspenso e retornou neste ano em formato on-line trazendo para exibição importantes obras entre os meses de abril e junho.  Ciclo conta com a mediação dos professores da Faalc Vitor Zan e Júlio Bezerra, que também assinam a curadoria.

“Este é o segundo encontro deste ano. Como a exibição ocorre em formato remoto, exigiu-nos uma organização específica. O que fazemos é, após a seleção dos filmes, pedimos a autorização da distribuidora do filme. Não são todas que autorizam, uma vez que o pessoas de todo o Brasil podem participar. Optamos então em criar um grupo no Whatsapp e os interessados devem entrar em contato com ao MIS ou a Fundação de Cultura, para serem inscritos no grupo. Enviamos o link de acesso ao filme pelo Whatsapp e combinamos depois um dia e horário para o debate com o convidado. Desta forma, cada pessoa pode assistir ao filme no melhor horário e depois participar da discussão que acontece sempre nas quartas-feiras, às 19h, na plataforma Google Meet”, explica o professor Victor.

Segundo o professor, a discussão sobre o filme Sertânia já está agendada para 26 de maio. “Convido a todos para participarem. O filme é do cineasta Geraldo Sarno, que é muito importante na história do cinema brasileiro. Ele vem fazendo filmes deste o Cinema Novo, nos anos de 1960 e ele estará participando do nosso debate. Com certeza vai valer a pena”, enfatiza Victor. Geraldo Sarno também é roteirista e montador. Ficou conhecido por abordar temas como o movimento migratório brasileiro (em especial o nordestino), as religiões e cultura populares. Em 2008, recebeu o prêmio de melhor direção no Festival de Brasília, pelo filme Tudo Isto me Parece um Sonho, sobre a história do general pernambucano Ignácio Abreu e Lima. Dirigiu mais de 15 filmes entre documentários e ficções.

“O público do MIS tem sentido falta das sessões de cinema e, principalmente, dos debates calorosos após cada filme, assim essa parceria vem trazer de volta, ainda que de forma virtual esse importante processo de formação e troca, e o bacana deste formato é contar com a presença de pessoas diretamente envolvidas nos filmes, com riqueza de detalhes e informações o que torna essas sessões experiências ricas e singulares“, comenta a coordenadora do MIS Marinete Pinheiro.

Como participar

Os interessados em participar devem enviar uma mensagem pelo WhatsApp no número (67) 99290-0440, e aguardarem ser adicionados no grupo, onde será disponibilizado o link do filme 24 horas antes do debate.

Sinopse

Mais de 50 anos depois de realizar alguns dos essenciais documentários acerca do cotidiano do sertão nordestino e da vida dos migrantes oriundos de lá, Geraldo Sarno retorna a esse espaço com a liberdade e clareza que apenas a maturidade permite atingir. Não é exagero dizer que Sertânia conversa de igual para igual com Guimarães Rosa ou Marcel Proust em seus voos (e rastejos) pela memória e pela fabulação. A história de seu protagonista costura com precisão Canudos, como nosso “pecado original”, com a vida migrante no Sudeste e o cangaço. Confira algumas cenas do filme:

Texto: Vanessa Amin, com informações da assessoria da FCMS e do site Olhar de Cinema