Casa da Ciência e Cultura promove atividades em alusão à Primavera dos Museus

A Casa da Ciência e Cultura da UFMS realiza hoje o Cine Cosmos Home Office: 14ª Primavera dos Museus. A live será transmitida nesta quinta-feira, 24, a partir das 18h30, por meio do canal do CiPop MS Ciência Popular Sul-Mato-grossense. O evento tem a participação especial  do professor Moacir Lacerda, que trabalha na área de física da atmosfera e Adriana Galbiati, especialista ligada à questão ambiental.

De acordo com a professora do Infi e coordenadora geral da Casa da Ciência e Cultura de Campo Grande, Isabela Porto Cavalcante, o Cine Cosmos é uma adaptação de uma atividade promovida pela Casa da Ciência com o Clube de Astronomia Carl Sagan. “É uma versão de uma atividade que já fazíamos, de assistir a um filme, e depois discutir sobre o filme. Sempre algum tema ligado a ciência”, comenta a professora.

A recomendação para os interessados em participar do debate é que assistam anteriormente ao filme escolhido. “Vamos discutir o filme “Home” que está bem contextualizado neste nosso momento de devastações dos nosso bioma, das nossas florestas, do Pantanal, então todos os sinais do aquecimento global e das mudanças climáticas. Então, vamos discutir o que podemos fazer para vislumbrar um futuro”, conclui.

Planetário Virtual – Na sexta-feira, 25, a partir das 16h, também por meio do canal do Cipop MS Ciência Popular Sul-mato-grossense, será realizada uma sessão de planetário virtual pelo egresso do curso de licenciatura em Física da UFMS, Thiago Vareiro Valério, que irá tratar do céu que Galileu conseguiu ver com as lunetas dele. “A oficina “Um passeio pelo céu de Galileu” visa apresentar os astros observados pelo físico florentino com uma luneta que ele aperfeiçoou a capacidade de aumento, o que permitiu ver coisas que até então não eram vistas. Galileu não se limitou apenas em visualizar, mas teorizou e confrontou o sistema da época. Então, é esse contexto que eu quero apresentar, mostrar como foi revolucionário e ousado. E ao fazer isso, Galileu funda uma nova forma de ver os céus”, pontua Valério.

Debate virtual – A Casa da Ciência e Cultura da UFMS promoveu ainda na quarta-feira 23, o debate “A Importância dos Museus para a sociedade e para a popularização da Ciência”.

De acordo com o coordenador da Live, Rafael Pereira, que faz parte do CiPop MS Ciência Popular Sul-Mato-grossense a atividade foi um bate-papo sobre a imagem dos museus. “Existe uma imagem bem estereotipada de que o museu é um lugar, de certa forma morto, com coisas velhas. E isso não é verdade, o museu é bem parecido com a universidade que trabalha com três pilares: ensino, pesquisa e extensão. O museu também tem os três pilares: preservação, pesquisa e a comunidade. São realizados diversos trabalhos educacionais, em conjunto com escolas, universidade e outros projetos, como pesquisa. É no museu que a gente vai entender a nossa história enquanto humanidade. Ali também fazemos ciência”, comenta Pereira.

O debate teve a participação especial do professor e historiador Luciano Alonso. Para Alonso, os museus atuam como instituição de ensino, pesquisa e extensão. “E, assim como a universidade, já vem praticando recursos digitais há algum tempo. A pandemia apenas acelerou e condicionou mais esse processo. O ensino nos museus se dá por meio de oficinas, cursos e no próprio atendimento guiado por técnicos, que quase sempre são professores também”, pontua o historiador.

Alonso, expôs o acervo pessoal que é composto de fontes históricas. “Entre os itens destacados estavam moedas de 2000 anos antes de Cristo e outras coisas interessantes”, afirma o coordenador da Live, Rafael Pereira.

As atividades da Casa da Ciência e Cultura da UFMS estão disponíveis no Facebook do Projeto.

Texto: Tathiane Panziera