Em maio, o tema da a campanha institucional UFMS + Ética é o trabalho remoto. “Diante deste período difícil que passamos de pandemia, e que nos obrigou manter o distanciamento social e o funcionamento das ações da Universidade de forma remota, uma coisa é certa: o trabalho remoto veio para ficar, e perdurará futuramente, ainda que de forma híbrida, que é aquela em que há flexibilidade entre a forma presencial e a remota. Contudo, o exercício da função pública não pode gerar perda de eficiência por parte do serviço público. Além disso, todas as normas de cunho ético e disciplinar permanecem vigentes para essa modalidade de trabalho”, diz o corregedor da UFMS, Kleber Watanabe Cunha Martins.
Kleber ressalta que o trabalho remoto também exige ética, que é prática da moral e da integridade. “Confiança, lealdade e honestidade agora ficaram mais importantes. O servidor não está mais sob o olhar físico da chefia, de um supervisor, mas tem que ser eticamente confiável”, ressalta. O corregedor explica que o servidor que não responde as demandas da sua chefia, que exerce atividades particulares no seu horário de expediente, ou o professor que atua em regime de dedicação exclusiva e realiza outras atividades sem a autorização da Universidade podem ser responsabilizados administrativamente.
“Está na lei que a infração desses deveres é passível de responsabilização administrativa, e até ressarcimento em caso de dano. Muitas vezes o agente acaba cometendo infrações por desconhecimento, ou por não ter a dimensão da gravidade que o caso pode representar, e acaba respondendo um processo disciplinar que poderia ser evitado. Por isso, estamos investindo em informação”, explica Kleber. “No trabalho remoto, pode haver uma falsa impressão de que não há supervisão e de que é um ambiente neutro, e isso se deve ao fato da proximidade que a vida pública tem com a rotina familiar e particular do servidor, e a dificuldade de se organizar enquanto ambiente de trabalho. Para tanto, o servidor deve estar disponível nos horários ajustados e comprometido com as entregas pactuadas; utilizar das tecnologias disponíveis para se comunicar com a equipe e ter reuniões produtivas; zelar pela segurança dos dados e informações transmitidas e compartilhadas; e adotar postura adequada e profissional durante a realização de videoconferências e reuniões virtuais”, destaca.
Outro aspecto que precisa ser destacado, para Kleber, é a conduta ética dos estudantes e professores da Universidade nas relações acadêmicas. “O conceito de sala de aula foi expandido no ensino remoto, as salas virtuais e os grupos de mensagem das turmas tornaram-se parte do ambiente acadêmico. Não podemos perder de vista que o comportamento ético-profissional e o respeito mútuo devem prevalecer, independente da modalidade de ensino. Espera-se com essa campanha que haja reflexão de todos, inclusive dos gestores, para conversar com suas equipes, estabelecer a forma de acompanhamento das demandas, quais as metas e resultados esperados, e também alertar quanto aos deveres e proibições que estão sujeitos”, comenta.
O corregedor lembra ainda que qualquer um que tenha conhecimento de alguma irregularidade praticada por membros da comunidade universitária pode registrar denúncia à Ouvidoria da UFMS, por meio da plataforma FalaBR.
Saiba mais
A campanha UFMS + Ética iniciou-se no ano passado para divulgar as condutas que são vedadas pelos agentes públicos durante o período eleitoral. Também é parte integrante da campanha Eu Respeito, maior campanha institucional da UFMS que dissemina valores éticos e morais para uma convivência saudável nas dependências da Universidade. A campanha consiste em textos, cartazes e artes gráficas sobre tópicos diversos, com o objetivo de estimular a adoção de boas práticas e comportamentos éticos e íntegros no âmbito da UFMS.
Prevista no Programa de Integridade da UFMS, que incentiva a implantação de medidas e ações destinadas à prevenção, detecção, investigação, correção e monitoramento de desvios éticos, ilicitudes administrativas e atos de fraude e corrupção, a campanha promove arranjos institucionais para que a administração pública não se desvie de seu objetivo principal: entregar os resultados esperados pela população de forma adequada, imparcial e eficiente.
As atividades também estão alinhadas com a campanha Integridade Pública no Governo Federal, promovida pela Controladoria Geral da União (CGU). Confira também o Manual de Conduta do Agente Público Civil do Poder Executivo Federal, disponível aqui.
Eu Respeito!
UFMS, a nossa Universidade!
Texto: Vanessa Amin