Os 17 países mais biodiversos detêm cerca de 70% da biodiversidade do Planeta. Brasil é o campeão mundial desta lista, mas não valoriza à altura os números de suas riquezas.
A constatação é dos professores Fabrício R. Santos (UFMG), Thales R. O. Freitas (UFRGS) e Gisele Lobo-Hadju (UERJ) que apresentaram em mesa-redonda o tema “Biodiversidade e Conservação de Recursos Genéticos”.
“Hoje a biodiversidade chama atenção pela bioeconomia, muito se tem falado de serviços e produto biotecnológicos”, disse o professor Fabrício.
A bioecomia envolve investigação, desenvolvimento, inovação, renovação estrutural da economia, conservação e uso sustentável. “Mas a bioeconomia não é sustentável sem se conhecer a biodiversidade. E uma das formas de isso acontecer passa pelo acesso às coleções”, afirmou o professor da UFMG.
Uma das grandes preocupações dos pesquisadores é a rapidez com que as espécies estão se extinguindo. A professora Gisele, que pesquisa a vida marinha, lembrou do importante papel do ser humano na preservação da fauna. “Temos de nos servir de ecobag, ecocopos, levar um pouco do lixo dos outros nas praias, participar de mutirões”, exemplificou.
Texto: Paula Pimenta