A Reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira recebeu hoje, às 15 horas, os autores do livro Gentes de Campo Grande, editado pela Editora UFMS. A obra foi organizada pela jornalista Loisa Mavignier e tem como colaboradores a jornalista Márcia dos Reis Meggiolaro, o sociólogo Paulo Eduardo Cabral, a antropóloga Yara Brum Penteado e o escritor Augusto César Proença.
O livro faz um registro da pluralidade sociocultural campo-grandense e suas manifestações na atualidade, com uma abordagem sincrônica que possibilita um melhor entendimento sobre quem somos e permite enxergarmo-nos nesse mosaico. Segundo Loisa Mavignier a intenção é realmente despertar uma reflexão sobre quem somos em meio a essa sociedade tão plural de Campo Grande. “É uma oportunidade de as pessoas conhecerem um pouquinho mais do outro, da cultura, do perfil do outro pra poder construir uma sociedade mais humana, mais feliz, mais próxima pra nossa cidade. No livro trabalhamos um pouco da história, do perfil cultural e especialmente do pensamento de cada grupo social hoje, o que trazem de seus antecedentes, o que preservam sendo já campo-grandenses de fato e o que pensam da cultura atual”, explica.
Loisa Mavignier é uma jornalista sul-matogrossesense com foco nas áreas ambiental e cultural. Após uma temporada no Rio de Janeiro, retornou às raízes em 2011, quando passou a produzir projetos culturais entre os quais, este livro com a participação de colaboradores.
Márcia Meggiolaro que contribuiu para a obra com informações sobre grandes grupos: japoneses, paraguaios, povos do oriente médio e armênios, disse que o que mais chamou sua atenção foi como cada entrevistado preserva em sua vida hoje as características de seus antepassados, de sua cultura, mas fazendo também uma releitura. “Os personagens trazem muita riqueza cultural e a história de cada um por si só renderia outra obra específica. As pessoas querem se ver representadas, mantêm suas características e isso está em cada canto de Campo Grande”, evidenciou.
Para Paulo Cabral, autor do texto “Ser campo-grandense sem sê-lo”, a participação no livro foi uma forma de tributo a uma terra que o recebeu generosamente, “e a qual eu amo. Ter escrito esse texto foi muito gratificante porque, além de expressar aquilo que sinto, foi um modo de poder retribuir ao muito que aqui recebi”, afirmou.
Na reunião a Reitora parabenizou a organizadora, os autores e a editora da UFMS e ressaltou que o trabalho é muito importante para a cultura campo-grandense. “A Universidade tem divulgado e contribuído, na medida do possível, com autores também de fora da Instituição que tenham pesquisas e materiais de tamanha relevância”, destacou.
