Neste sábado, 14, o eclipse solar anular poderá ser visto parcialmente em Mato Grosso do Sul. O ápice do fenômeno astronômico no estado se dará por volta de 15h40, com duração de cerca de 4 minutos.
De acordo com o Observatório Nacional, o eclipse ocorre quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, e o seu diâmetro aparente está menor do que o Sol. Assim, a sombra da Lua não cobre totalmente o Sol criando um “anel de fogo” no céu.
A Casa da Ciência e Cultura de Campo Grande e o Clube de Astronomia Carl Sagan prepararam uma programação especial para observação do fenômeno. Entre 15h e 16h30min, professores e estudantes do Instituto de Física estarão em frente ao Museu Dom Bosco, nos altos da avenida Afonso Pena, orientando os participantes, gratuitamente. Não é necessário fazer inscrição prévia.
“É importante que as pessoas não observem a olho nu, pois é preciso um instrumento apropriado para isso, devido ao risco de queimadura na retina. A potência irradiada pelo sol é muito alta, mesmo numa situação de eclipse, e isso pode gerar algum dano na retina. O ideal é a gente usar o que a gente chama de óculos de soldador, com um filtro número 14 . E durante essa observação é recomendado que a visualização seja de apenas 15 segundos, parar 3 minutos e voltar a visualizar por mais 15 segundos. Também não é orientado observar com outros objetos como “chapa” de raio-x, óculos ou outro material, que não os óculos apropriados”, alerta o professor do Instituto de Física, Hamilton Pavão.
Serão distribuídos cerca de 50 óculos aos participantes, e a comunidade presente será convidada a permanecer no local para observação do céu noturno utilizando telescópios.
“É uma excelente fase para observar o céu, já que estamos na lua nova”, finaliza o professor.
Observatório Nacional
O Observatório Nacional, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, está coordenando uma ação integrada nacional e internacional para observar e transmitir o Eclipse Anular do Sol. Nessa ação, os parceiros internacionais cederão as imagens do eclipse quando estiver ocorrendo na parte oeste dos EUA, parte da América Central e Colômbia. Quando a sombra da Lua atingir o Brasil será a vez dos astrônomos brasileiros cederem suas imagens para os parceiros internacionais Time and Date e NASA que tradicionalmente fazem a transmissão para o mundo.
Todas as informações podem ser acessadas aqui.
Texto: Crislaine Oliveira
Foto: arquivo da Agência de Comunicação Social e Científica