Com o objetivo de investigar as possíveis formas de diminuir os índices de analfabetismo digital junto aos profissionais da educação, a estudante do curso de Pedagogia do Câmpus de Aquidauana (Cpaq) Raquel Santos de França desenvolve o projeto Analfabetismo Digital, como embaixadora da UFMS no G17.
A estudante está organizando um evento on-line para discutir a analfabetização digital, que será realizado no dia 30 de janeiro, das 13h30 às 16h30, por meio de plataformas digitais. “Durante o encontro, vamos relatar impactos do analfabetismo digital na vida do profissional da educação, em especial entre aqueles que ainda estão em formação. Convidei acadêmicos do curso de Pedagogia do Câmpus para falarem a respeito. Também vamos apresentar algumas tecnologias digitais educacionais e plataformas, para que todos se familiarizem desde agora com o que vão utilizar na futura profissão e como isso pode abrir espaço para boas propostas pedagógicas”, explica a embaixadora.
“Há plataformas gratuitas liberadas pelo governo e muitos não têm conhecimento delas. Além da plataforma SuperProf, onde eles podem ter acesso a aulas de forma presencial ou on-line e professores para tirarem suas dúvidas, acerca de programas como Word, PowerPoint, Excel, além de cursos rápidos para complementar seu currículo. Esses aplicativos e plataformas são indispensáveis na vida de um profissional da educação”, diz Raquel.
As inscrições serão gratuitas e podem ser realizadas a partir desta segunda-feira, 24 (clique aqui). Haverá emissão de certificado para os participantes inscritos.
Embaixadores G 17
A Universidade tem 11 estudantes que atuam como embaixadores no programa criado pela organização voluntária The Road to Rights. Trata-se de um programa de experiência em liderança de um ano, que capacita os estudantes nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A ação é desenvolvida por meio de quatro pilares: capacitação, liderança, advocacia política e ação. “As ações mensais desenvolvidas pelos embaixadores do G17 na UFMS são importantes para o engajamento dos estudantes e da comunidade universitária sobre os ODS da Agenda 2030 da Nações Unidas. As propostas sempre tratam de um tema atual que está diretamente ligado a um dos 17 ODS, trazendo para o ambiente acadêmico o debate sobre a importância de se alcançar estes objetivos”, comenta o diretor de Desenvolvimento Sustentável da UFMS, Leonardo Chaves.
“Fiquei sabendo do Programa G17 por meio de uma amiga. Ela me explicou sobre o projeto, também pesquisei e gostei da proposta. Então, enviamos nossos currículos, fomos selecionados para entrevista e conseguimos entrar. Como embaixadora do G17 eu vi a oportunidade de divulgar o curso de Pedagogia, bem como divulgar a UFMS e o Cpaq, além de conhecer novas culturas e obter mais conhecimentos”, fala Raquel. “O tema foi escolhido por ser um problema regional que está afetando os profissionais da educação desde o curso de formação ao desempenho nas escolas. O analfabetismo digital pode causar desencorajamento na vida dos acadêmicos e professores, que muitas vezes deixam de tentar algo novo por medo da falta de conhecimento. Assim, a minha proposta é fazer com que eles vejam que há formas de solucionar isso e a idade não deve impedir ninguém de aprender algo novo”, acrescenta a estudante.
Sobre o UAC
“Os embaixadores são a peça-chave das atividades. Eles que pensam os projetos baseados em seus ODS e a necessidade que veem no seu entorno. A importância de ter jovens universitários nessa posição é que nós temos a força de vontade para gerar mudanças em comunidades e em breve estaremos no mercado de trabalho. Então ter desde já esse encaminhamento para a sustentabilidade torna mais fácil continuar esse caminho quando estivermos em empresas”, diz. “Acredito que para conseguirmos uma realidade sustentável todas as áreas da sociedade, população, governo e empresas tem que estar envolvidas”, explica a presidente do G17 no Brasil, Mariana Nascimento Bezerra.
Hoje, são 99 embaixadores de oito universidades. Além da UFMS, participam a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, a Universidade do Estado do Pará, Universidade de Fortaleza, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Universidade Estadual Paulista
A The Road to Rights é uma organização voluntária criada em 2009 no Sri Lanka por Ashan Perera. Liderada por jovens, a instituição já recebeu diversos prêmios internacionais, incluindo o prêmio das Nações Unidas sobre a ação nos ODS. O objetivo é a promoção de apoio e capacitação de jovens, crianças e mulheres por meio de várias formas de atividades como fóruns abertos, conferências, workshops, programas de formação e campanhas de mídia social. A organização adota uma abordagem baseada em Direitos Humanos para a paz e o desenvolvimento sustentável.
Mais informações sobre o programa G17 UAC Brazil podem ser obtidas nos portais do G17 UAC e da The Road to Rights.
Texto: Vanessa Amin
Foto: Arquivo da estudante