Acordo entre UFMS e Associação dos Magistrados prevê capacitação de jovens sobre Direito e Cidadania

A UFMS e a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Amatra) da 24ª Região assinaram um acordo de cooperação para levar conhecimento sobre Direito e Cidadania para crianças e jovens. A parceria foi celebrada na tarde desta segunda-feira, 16, e é fruto do projeto de extensão mais tradicional da Faculdade de Direito (Fadir).

“Trabalho, Justiça e Cidadania” foi o primeiro projeto de extensão da Fadir e completa 15 anos em 2022. A iniciativa sempre teve a participação da Amatra, mas a novidade é a institucionalização das ações.

A vice-reitora Camila Ítavo assinou o acordo na tarde desta segunda-feira

A vice-reitora Camila Ítavo esteve presente na cerimônia de assinatura e comemorou a parceria. Ela afirma que os estudantes de Direito têm vantagens com a proximidade com a  magistratura e a possibilidade de trocar experiência com os jovens da Educação Básica e de outros projetos. “Temos muita informação, mas precisamos traduzir em conhecimento, para que as pessoas possam exercer a cidadania plenamente”, ressalta.

O diretor da Faculdade de Direito, Fernando Lopes Nogueira, destaca a importância de associar a pesquisa com a prática. “Essa parceria vai engrandecer a Fadir como disseminadora de conhecimento”.

A coordenadora da ação e professora da Fadir, Ynes da Silva Félix, explica que o projeto sempre teve a participação dos magistrados, mas a cooperação era voluntária. Com a institucionalização, será possível captar novos parceiros e obter recursos para o incentivo. 

A coordenadora explica que o “TJC” foi o primeiro projeto de extensão da Fadir

“O projeto começou em 2007 a convite da Amatra. A ideia já existia nacionalmente, mas em Mato Grosso do Sul funciona junto com a UFMS. Antes, a participação era, de certa maneira, informal. Agora, institucionalizamos e formalizamos o projeto”, declara a coordenadora. 

A iniciativa busca levar noções e informações sobre o direito do trabalho, previdenciário, de cidadania e direitos humanos para as crianças e jovens, de forma lúdica. Ao facilitar a compreensão sobre direitos e deveres, o projeto terá impactos de longo prazo na sociedade.

A presidente da Associação dos Magistrados, Priscila Rocha Margarido Mirault, enfatiza a  capacidade do projeto provocar uma transformação social. “Conseguimos atingir a base e informar antes que o conflito aconteça. Levamos conhecimento, para que as pessoas saibam dos seus direitos”.

A juíza do trabalho Daniela Rocha Rodrigues Peruca também coordena o projeto, por meio da interação entre o magistrado e os estudantes de Direito. Ela afirma que os juízes atuam com a transmissão de informações sobre seu trabalho. “Queremos quebrar a impressão de que o magistrado está alheio à sociedade. Por meio do convênio, vamos trabalhar de forma ainda mais integrada, com diretrizes e metas estabelecidas”, comenta.

O diretor de Desenvolvimento Sustentável, Leonardo Chaves de Carvalho, deu um depoimento como estudante que participou do projeto, ainda em 2007. “Eu fui da primeira turma. Nós dávamos aulas de Cidadania, direito do trabalho e noções básicas para os jovens do Instituto Mirim. Fico muito feliz agora, fazendo parte da gestão da UFMS, de ver que o projeto continua e está melhorando cada vez mais”, celebra. 

Texto: Mylena Rocha

Fotos: Marcelo Calazans