Ações de Ensino de diversas áreas serão realizadas na Universidade

Vinte e quatro propostas de ações de ensino foram cadastradas junto à UFMS. A relação dos projetos de ensino de graduação e das propostas de monitoria voluntária enquadradas pode ser acessada neste link, no site da Pró-reitoria de Graduação (Prograd).

Esta é a primeira lista resultante de processos que ocorrem em fluxo contínuo. As inscrições para as atividades de Monitoria Voluntária, de Projetos de Ensino de Graduação e o cadastro de Equipes de Competição seguem até o final do ano no Sigproj.

 

Projetos de Ensino de Graduação

Para a coordenadora do “Elas programando”, professora Luciana Montera Cheung, os projetos de ensino são ferramentas importantes que os docentes podem utilizar para acrescentar na formação dos acadêmicos. “Podemos trabalhar conteúdos adicionais aos apresentados por uma disciplina, podemos, a partir da visão do aluno, ajustar a forma e os materiais trabalhados anteriormente em sala e produzir materiais inéditos e inovadores que poderão ser utilizados com os próprios alunos do curso. Além disso, estudantes que participam de um projeto de ensino estreitam relações com os colegas participantes, bem como com os professores e esta integração fortalece o sentimento de pertencimento e integração, tão importantes ao longo da graduação”, apontou.

O projeto “Elas programando” recebe calouras dos cursos da Faculdade de Computação (Facom) com o objetivo específico de ensinar conceitos de lógica e programação por meio do desenvolvimento de aplicativos simples para dispositivos móveis, além de promover encontros com egressas dos cursos da Facom que atuam na área de tecnologia. “Estes objetivos específicos colaboram para o objetivo geral do projeto que é acolher as calouras, apresentar a elas as professoras da Facom, integrá-las às veteranas e facilitar a formação de redes de contatos, para que assim, encontrem um ambiente agradável e familiar para o desenvolvimento da graduação escolhida”, disse.

O professor de Arquitetura e Urbanismo do Campus de Naviraí, Adalberto Vilela, reforça que a importância dos Projetos de Ensino de Graduação está na complementação que fazem em relação às disciplinas base. “Os projetos estão diretamente ou indiretamente associados às disciplinas da grade curricular da graduação e é como se avançassem em uma direção que por ventura não tenha sido contemplada na disciplina base. No caso do ‘CPNV Talks’ ele avança na questão da oralidade, em algo que não foi incluído na disciplina chamada ‘Inglês básico’, que é ofertada a todos os cursos aqui no CPNV como optativa. Essa abordagem comunicativa vem complementar a abordagem instrumental, que é a base da disciplina, uma coisa complementa a outra”, destacou.

O projeto “CPNV Talks 2021” tem como objetivo fomentar e desenvolver o interesse pela língua inglesa e o contato com a oralidade. “As ações convergem com os objetivos da Universidade com relação à política de internacionalização, e são realizadas de forma que os estudantes possam se engajar em atividades em outros idiomas, que possam se sentir mais livres e menos bloqueados para se expressarem, escutarem e escreverem em inglês”, explicou o coordenador. Este é o segundo ano de realização do projeto e a equipe é multidisciplinar, com a participação dos professores Jaiane Pereira, Wesley Rodrigues e Ana Carolina Faustino, da UFMS, e Anderson Dias, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

“Os Projetos de Ensino de Graduação são importantes tanto para o professor, quanto para os discentes porque possibilitam o aprofundamento nos temas abordados na graduação. Esse aprofundamento pode ser em diferentes formas, seja em ciclos de palestras, seja em atividades de monitoria, na construção de materiais didáticos, então é uma experiência diferente tanto para os estudantes quanto para os docentes”, apontou a professora Marina Trevizan Guerra do curso de Medicina do Campus de Três Lagoas (CPTL). A docente coordena os projetos “Atlas da Histologia” e “Iniciativas Teórico-Práticas para Enriquecimento do Processo de Ensino em Embriologia e Histologia – CPTL/UFMS – 2021”.

Segundo a professora, os discentes da Liga Acadêmica de Histologia e Embriologia Clínica são diretamente envolvidos nos projetos, onde ministram conteúdos de revisão e monitoria para os graduandos de Medicina e também confeccionam conteúdo para o Atlas digital em Histologia. “Essa participação direta sem dúvidas agrega muito conhecimento além do ofertado dentro da sala de aula. Os estudantes preparam materiais, palestras com revisão de conteúdo e também, ao preparar o material do Atlas que será confeccionado, aprendem a buscar informações em locais confiáveis diferentes daqueles apresentados nas aulas da graduação. Desenvolvem habilidades diversas, como de comunicação, de buscar outras fontes de conhecimento e de passar esse conhecimento a outras pessoas, o que é fundamental”, afirmou.

 

Monitoria Voluntária

A professora Silvana Cristina Pando, também do curso de Medicina do CPTL, teve a proposta de monitoria voluntária aprovada para a disciplina de Bioquímica I. “A monitoria é uma oportunidade para a consolidação dos conhecimentos gerados em aulas teóricas e práticas. Ela permite aos estudantes que participam da ação a busca por estratégias didáticas para o ensino, visando estabelecer a interdisciplinaridade. Também desperta a visão crítica dos estudantes acerca de um raciocínio teórico-prático, enriquecendo a ação. A monitoria permite ainda uma maior aproximação entre os estudantes e também com o docente responsável pela disciplina”, observou.

A docente destacou também que a monitoria permite o melhor resultado do ensino-aprendizagem, o que se reflete no melhor rendimento nas avaliações, tanto teóricas quanto práticas. “Nesse período da pandemia, com muitas atividades a distância, os estudantes têm destacado a importância da monitoria para a orientação das pesquisas sobre como elaborar relatórios das aulas práticas, por exemplo, e a aplicação dos temas propostos nas aulas práticas por meio de vídeos, entre outros recursos. Na disciplina de Bioquímica I o monitor participa ativamente da elaboração de materiais de apoio didático, de listas de exercício e roteiros de estudo, de plantões de dúvidas com grupos de estudantes, entre outras atividades. Os graduandos gostam muito dos materiais desenvolvidos por eles porque se sentem mais seguros ao estudar, além do livro de apoio didático, esses materiais têm ajudado bastante porque desmistificam a complexidade da Bioquímica. Atualmente um projeto desenvolvido com a turma de Bioquímica I para a elaboração de maquetes tem sido também acompanhado pelos monitores. Essa atividade tem resultado em trabalhos muito bem feitos e que muito contribuirão para transmitir o conhecimento de uma forma bastante didática para estudantes das outras turmas”, finalizou.

 

Novos editais de resultados das propostas de Monitoria Voluntária, de Projetos de Ensino de Graduação e de Equipes de Competição cadastradas e enquadradas serão divulgados no site da Prograd.

 

 

Texto: Ariane Comineti