A abertura oficial do Festival Mais Cultura foi realizada nesta segunda-feira, 23, na Cidade Universitária. Este ano, o evento celebra sua décima edição com diversas atrações gratuitas entre os dias 23 a 29 de setembro. A programação completa pode ser acessada aqui.
O evento teve apresentações de dança folclórica do grupo Mainumby, de Corrientes, na Argentina; do coral da Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Unapi); e do violinista Heitor Lotti. A abertura contou com um público diverso, formado por membros da equipe de gestão, professores, estudantes, participantes da Unapi, crianças atendidas pela brinquedoteca da Cidade Universitária e pessoas da comunidade externa.
A vice-reitora Camila Ítavo destacou a importância do evento para valorizar a cultura no ambiente universitário. “Este é o momento onde promovemos uma formação humana, cultural, cidadã, onde a gente promove a manutenção desse patrimônio cultural riquíssimo do nosso País, da nossa região. Eu aconselho que confiram a programação e participem, é muita riqueza para gente poder aproveitar de forma gratuita. A gente tem cultura e arte de altíssima qualidade na UFMS, prestigiem”.
“A gente começou esse Festival em 2015 com a proposta de mostrar a comunidade interna para ela mesma, mostrar a arte produzida aqui dentro. Temos feito isso a cada ano e tem dado muito certo, com apresentações artísticas circulando pela Universidade, pelas salas de aula. É de fato um momento especial para a cultura na UFMS”, avaliou o pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte (Proece), Marcelo Fernandes.
A abertura do Festival ainda foi oportunidade para a prática solidária, com a entrega de 800 kg de alimentos não perecíveis para três instituições filantrópicas cadastradas em edital de fluxo contínuo. Os mantimentos foram arrecadados durante a 13ª Volta UFMS, realizada no início deste mês. “Essa arrecadação já é uma tradição aqui na Universidade, é uma forma que a gente tem de mobilizar as pessoas que participam a ajudarem muitas pessoas que precisam. E a gente tem o papel de distribuir para aqueles que trabalham com pessoas que precisam desses alimentos”, explicou o diretor de Cultura e Esporte, João Batista de Santana.
Uma das instituições beneficiadas foi o Centro de Estudos Espíritas Chico Xavier. “Na instituição, temos uma ampla ação assistencial, no bairro Santa Emília, temos várias áreas sociais. Estamos bastante agradecidos e acho importante ressaltar como a Universidade está sensível e integrada à comunidade externa por meio dessas ações, por meio dos órgãos capilares que atendem aos carentes”, ressaltou o vice-presidente da organização, Ademar Vaz de Moura.
Apresentações de chamamé
O primeiro dia de Festival Mais Cultura foi marcado por diversas apresentações de chamamé na Cidade Universitária. Além do Complexo EaD e Escola de Extensão, o grupo de arte e balé Mainumby, da província de Corrientes, Argentina, também se apresentou no Instituto Integrado de Saúde, Bloco 8, Restaurante Universitário, Proece e na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas. À noite, durante as celebrações de dez anos da Escola de Administração e Negócios, a Universidade também foi palco para o encerramento da sétima edição de um dos mais importantes festivais culturais que unem Brasil, Argentina e Paraguai: o Festival Internacional do Chamamé.
“O chamamé é um patrimônio imaterial da humanidade, reconhecido pela Unesco, e nós temos aqui uma proximidade cultural muito grande com a Bacia do Prata, o que faz de Campo Grande um polo privilegiado, que tem essa cultura Brasil Atlântico, caipira e também latina. É uma honra para a gente receber o final desse Festival do Chamamé, o último dia dele aqui na UFMS, sobretudo comemorando os dez anos da Esan”, reforça o pró-reitor Marcelo Fernandes.
O diretor do Festival do Chamamé, Orivaldo Mengual, considera a parceria com a UFMS como estratégica para alcançar públicos mais jovens. “Essa parceria permite fortalecer o gênero junto ao público jovem universitário, e com isso renovar o gosto pelo chamamé. Isso permite fortalecer, divulgar e fazer a publicidade do universo cultural que representa o chamamé em seus diversos alcances, quer seja valorizando os artistas mais antigos ou promovendo novos talentos, sejam nacionais ou dos países irmãos participantes, Argentina e Paraguai”, explica.
“O intercâmbio cultural é realizado através da presença dos conjuntos musicais, dos baletts folclóricos, dos artesãos, dos pesquisadores culturais que se reúnem nos dias do evento para partilhar suas experiências e conhecimentos. Nosso objetivo é seguir realizando esse evento por muitos anos. A expectativa é atingir os que já são apaixonados pelo chamamé e conquistar o coração daqueles que ainda não conhecem”, completa o diretor.
Texto: Alíria Aristides
Fotos: Álvaro Herculano