O Teatro Glauce Rocha recebeu hoje, 29, a abertura da sétima edição do Festival Internacional de Violão de Campo Grande. O evento segue até 4 de agosto, com masterclasses, minicursos, concertos e recitais com instrumentistas premiados internacionalmente. Na primeira noite de evento apresentaram-se a Camerata Madeiras Dedilhadas da UFMS, regida por Marcelo Fernandes, com participação do violonista da Universidade de São Paulo (USP), Gustavo Costa no solo, e o duo de violão e piano formado pelo italiano Emiliano Leonardi e pela ucraniana Lelyzaveta Pluzhko.
O pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte e diretor artístico do Festival, Marcelo Fernandes, desejou as boas-vindas aos violonistas do interior de Mato Grosso do Sul, dos estados de Goiás, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Minas Gerais e do Distrito Federal, além dos instrumentistas paraguaios da Universidade Nacional de Assunção e da Universidade Nacional de Caaguazú. “É uma noite muito especial, com a abertura do Festival. Temos aí quase 40 alunos vindos de outros países, de outros estados, é uma alegria ter os estudantes aqui de outras universidades. Temos um público aqui de Campo Grande que está lotando o Teatro, em uma noite emocionante, casa cheia, uma alegria, sucesso”, celebrou. Ele ressaltou ainda que as pessoas que gostam de música clássica puderam aproveitar um concerto gratuito no final de férias. “Além disso, nossos estudantes também estão sendo atingidos pelo Festival, não só com música bem elaborada, mas também com aulas”, destacou.
O pró-reitor de Assuntos Estudantis, Albert Schiaveto de Souza, esteve presente no concerto de abertura, representando o reitor Marcelo Turine e a vice-reitora Camila Ítavo. “É um prazer muito grande receber vocês aqui, sejam muito bem-vindos a Campo Grande, a Mato Grosso do Sul e também à nossa Universidade. Esse é o momento de receber um evento internacional, temos pessoas e amigos do Paraguai que estão aqui, também é muito bom recebê-los”.
O evento tem o apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) e de emenda parlamentar, que permitiu a implantação de polos de ensino de violão e iniciação musical em escolas e comunidades mais distantes do centro de Campo Grande. “A Fundect tem como missão principal apoiar o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação do Estado e também em eventos e acontecimentos que envolvem a divulgação científica e a popularização da ciência. Isso aqui é um belo exemplo de divulgação científica e popularização da ciência também. Música é ciência e a Fundect se sente muito honrada em poder apoiar esse evento”, pontuou o diretor científico Nalvo Franco de Almeida Junior.
O professor da USP Gustavo Costa reforçou a relevância de eventos que promovam o intercâmbio artístico e cultural entre as comunidades interna e externa. “Esse tipo de evento, um festival de violão, é fundamental para mostrar a produção artística que está acontecendo na Universidade e fora dela também, mostrando essas interfaces, da música sendo pesquisada na Universidade com a música fora da Universidade”, pontuou.
“É uma música de qualidade, que normalmente não está assim prontamente disponível em apresentações presenciais como essa, de forma gratuita. Para a comunidade também é uma oportunidade de assistir música de qualidade em um instrumento que é muito representativo da cultura nacional, que é o violão”, ressaltou o professor da USP.
Outro destaque da noite foi a apresentação do duo de violão e piano formado por Emiliano Leonardi e Lelyzaveta Pluzhko. Os artistas demonstraram empolgação com o concerto no Teatro Glauce Rocha. “Nós estamos honrados de estar aqui em Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, porque é uma cidade linda, é um lindo festival, com um ótimo organizador, que é o [pró-reitor] Marcelo Fernandes. A expectativa é alta porque o nível do Festival é muito alto”, enfatizou Emiliano.
Apesar de não falar português, a pianista Lelyzaveta reforçou que consegue se comunicar com o público por meio de uma língua universal: a arte. “Nós somos sortudos porque nós temos a música, então hoje o mundo está aberto. Nós somos sortudos exatamente porque nós podemos usar a linguagem da música, usá-la no mundo todo, em países como o Brasil. Para nós, é uma nova experiência, é a nossa primeira vez aqui”, declarou.
A professora Alisolete Antonia dos Santos Weingartner foi uma das pessoas que prestigiou a apresentação. “Para mim, é uma oportunidade importante, um dos violonistas é meu amigo pessoal. Eu vim prestigiá-lo, mas também os demais participantes da apresentação”, explicou. “Quando eu ouço uma música, me acalma, me alegra, não gosto dessas músicas barulhentas, mas a música suave, como a do violão, é um talento, uma doçura pra alma”.
O estudante da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação Lucas Melo reforçou a importância da cultura para o cenário local. “Me chamou atenção a questão do violão internacional aqui. Estava carente destes tipo de evento aqui em Campo Grande. Achei sensacional, estava louco para vir e conhecer também outros estilos, como o Fingerstyle, que será apresentado hoje”.
“É um prestígio poder presenciar um evento desse no nosso Estado. Temos que agradecer por essa oportunidade, e que venham cada mais apresentações culturais para ampliar o nosso repertório do Mato Grosso do Sul. É de grande importância, traz muito aprendizado, muito conhecimento”, também destacou a professora Tânia Cristina Barreto de Souza.
Para conferir a programação completa dos demais dias de evento, acesse a página festivaldeviolao.ufms.br.
Texto e fotos: Alíria Aristides e Thalia Zortéa