Reitores e representantes da área de Tecnologia da Informação de instituições federais de ensino superior participaram nesta manhã do seminário “Desenvolvimento e Soluções de Tecnologia e Comunicação nas Universidades Federais”. O evento foi realizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) de maneira on-line.
O presidente da Associação, Edward Madureira Brasil comentou que o tema é extremamente importante. “Não são poucas as soluções de Tecnologia da Informação que utilizamos diariamente, o objetivo desse seminário é pensarmos como rede. Vejo esse evento como estratégico e extremamente oportuno, com a participação do MEC, RNP, do CGTIC e das nossas universidades. Que continuemos evoluindo, pensando em soluções conjuntas”, disse.
O reitor Marcelo Turine elogiou a Andifes pela realização do seminário e pelos palestrantes. “A UFMS vive uma transformação digital desde 2017 e é muito importante entender esse processo como estratégico e transversal para o desenvolvimento de todas as nossas atividades de ensino, pesquisa, extensão e empreendedorismo. A busca de soluções conjuntas, que sejam criativas e adequadas à realidade das Ifes, é muito oportuna e traz muitos resultados positivos para todos”.
O subsecretário de Tecnologia da Informação e Comunicação (STIC) do Ministério da Educação (MEC), André Henrique dos Santos Castro, falou sobre a importância das instituições terem uma área de TI que dialogue em nível estratégico com gestores e em nível transversal com demais unidades. “Esse caráter permite que áreas de TI que existem hoje sejam capazes de contribuir de forma preliminar com todas as ações, com todos os pilares transversais com os quais a instituição pretende atuar. Queremos construir uma jornada de transformação digital sólida dentro das nossas instituições, de forma colaborativa”, afirmou o subsecretário, que no seminário apresentou as estratégias de tecnologia da informação e comunicação do MEC.
A reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia, Joana Angélica Guimarães da Luz conduziu a mesa com a participação do diretor da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões, o coordenador geral do Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação das IFES (CGTIC), Luciano Gonda, e o especialista em internet e tecnologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Nelson Pretto. Os participantes abordaram os desafios para o desenvolvimento de plataformas públicas de ensino em ambiente virtual. “Este tema é bastante pertinente, principalmente neste momento que estamos com o ensino remoto em diversas instituições”, apontou a reitora da UFSB.
Nelson Pretto disse que há muitos anos as instituições já vêm trabalhando para a ampliação da educação a distância com qualidade. “Podemos e devemos desenvolver uma plataforma pública. Temos de fortalecer as instituições, trabalharmos em sinergia, investirmos em grupos de trabalho para que possam desenvolver fortemente as soluções. Nossas universidades têm grande potencial para isso, a Andifes acertou em cheio em trazer essa discussão”.
“Acredito plenamente que é viável e que a forma como é concebida essa plataforma é a partir das premissas que definem esse ambiente para a formação ampliada de longo prazo para a educação pública brasileira. Para uma plataforma híbrida, as escolhas que vamos fazer estarão bem formadas e isso é importante no cenário atual”, falou Nelson Simões.
Para o coordenador da CGTIC e diretor da Agência de Tecnologia da Informação e Comunicação (Agetic) da UFMS, Luciano Gonda, a transformação digital exige que as instituições tenham uma visão ampla, que reúna a mudança de paradigmas, processos, integração entre TIC e gestores das instituições, seus recursos humanos disponíveis, e sua capacidade financeira. “Agradeço a Andifes pela realização do seminário e pelo apoio que tem dado ao CGTIC. Agradeço a oportunidade de estarmos juntos pensando a transformação digital e, quanto às plataformas, acredito que podemos analisar junto à RNP a questão dos grandes players de tecnologia, no sentido de propor regulamentações e licenciamentos que possam nos atender”.
Texto: Ariane Comineti